Pontal do Paraná possui belos parques que merecem visitação.
PARQUE NATURAL MUNICIPAL DO RIO PEREQUÊ
Com 16,2 hectares ao longo do Rio Perequê, o Parque Natural Municipal do Rio Perequê preserva uma área de ecossistemas dos manguezais, habitat de pássaros, caranguejos e ostras. O Parque oferece trabalhos de educação ambiental à comunidade e aos visitantes. Possuí uma trilha denominada “micuim” (trilha do caranguejo), onde a mesma é suspensa sobre o mangue, podendo o visitante conhecer de perto o ecossistema e suas características.
ESTRADA ECOLÓGICA DO GUARAGUAÇU
A estrada se estende por aproximadamente 26 km até o balneário de Pontal do Sul, margeando o rio Guaraguaçu. Seu traçado foi feito com o objetivo de ligar o povoado de Pontal do Sul por terra a Paranaguá, realizado em meados da década de 50. Como pavimentação, foram utilizadas as conchas encontradas nos sambaquis que podem ser observadas em todo o percurso. Atualmente a estrada é utilizada como caminho para propriedades particulares, acesso à locais de pesca e práticas de ecoturismo.
Nela encontra-se o Sítio Arqueológico “Sambaqui do Guaraguaçu” que sofreu diversas escavações sendo tombado pela coordenadoria do Patrimônio Natural, da Secretaria de Estado da Cultura, juntamente com o Forno de Caieira no ano de 1982. Também se encontra a aldeia Indígena Guarani M’Bya, que fabrica e comercializa artesanato no local.
SAMBAQUIS
São acumulações sobrepostas de conchas, casacas de moluscos, ossos, restos de pesca e caça, cobertos por vegetação nativa. Essas acumulações tomam formas e dimensões variadas. Existem sambaquis com mais de 8 mil anos de existências e no Brasil podemos encontrar ocorrência dos sambaquis na faixa litorânea, de São Paulo até o Rio Grande do Sul. Os povos que construíram os sambaquis foram extintos com a dominação tupi-guarani do litoral e são conhecidos como “povos sambaquiistas” ou “sambaquibas” e sua finalidade está relacionada com rituais religiosos e shamanismo, era local onde sepultavam seus mortos, depositavam os restos da pesca e da caça, encontram-se evidencias de fogueiras, o que comprova que ali eram realizadas suas atividades cotidianas. Estão muito ligados a relação de poder.
O Sambaqui do Guaraguaçu tem formato de cone truncado, estima-se que originalmente media 300 metros de comprimento, 10 metros de largura e mais de 20 metros de altura. São na verdade dois Sambaquis super postos, Sambaqui “A”, com 10 metros de altura e sobre ele o Sambaqui “B”, com, atualmente 11 metros.
Escavações realizadas a partir de 1957, pela CEPA (Centro de Ensino e Pesquisas Arqueológicas) da Universidade Federal do Paraná, e o material encontrado é composto por lâminas de facas, machados, furadores, discos de ossos de baleia, dentes de tubarão.
Segundo registros do CEPA, cerca de 100 esqueletos humanos ocorreram nas diferentes camadas do Sambaqui, sepultadas de diferentes formas, de adultos e crianças.
As datações das camadas mais inferiores do Sambaqui do Guaraguaçu são de 2.270 anos antes do presente, sendo esse, apesar do seu tamanho e imponência, um sambaqui recente.
Ao lado do sambaqui estão restos do forno secular e a vegetação que circula o Sambaqui. O forno é registro histórico da destruição colonial que ocorreu ao Sambaqui, nele as conchas eram transformadas em cal, para construção civil de prédios e sedimentação de estradas.
Para chegar ao sambaqui é necessário passar pela comunidade indígena Guarani M’Bya, que considera o sambaqui como local sagrado onde estão os seus antepassados.
FONTE: Secretaria de Desenvolvimento – Departamento de Turismo e Cultura.